Cortejo
No dia em que morrer, não serei, nem pessoa, ou de mim. Ombros que se encolhem, foi-se, é pena, menos um, foi melhor, por isso, naquele dia, em que apodrecer, não vejo, não olho, não penso, que outros o farão, de raiva, perda, tristeza, os que me choram, mãe, pai, mana, que me gostam, ainda, de mim. Não serei eu, que me vêm, esquecido sem tempo de ver, que o tempo chegará, por força, da pessoa que me fora, eu, morto, aqui.
7 Comments:
É estranho imaginar, não é?
Pensar que se formos lembrados será efemeramente, tudo passa e nós também passaremos. A obra fica, dizem alguns... Mas mesmo assim, a ideia a mim desconcerta-me...
Por isso faço por não pensar mt nisso
não gosto da ideia mas...q me vai importar o q falarão ou sentirão?para mim uma nova vida vai estar á espreita....ainda acredito...nisso!bjokas
Anna, é esse o contraponto do que fazemos e somos hoje. Neste longo fim de semana pensei que amigos teria, aqueles que, de forma sentida, chorariam a minha morte, sentiriam a minha falta,para concluir que, como "lost in space" disse, absolutamente nada, ficará de mim, da minha alegria, das minhas carícias, do meu amor e da minha tristeza. Por isso, até no nosso meio social somos consumidos, enquanto vivemos. Primeiro, porque, na morte, não temos amigos (uma verdade "à La Palisse"), mesmo que morram connosco. Depois, porque somos efémeros e logo esquecidos, quanto mais não seja por a morte ser evitada e calada
Beijinhos
This comment has been removed by a blog administrator.
Olá, vim aqui espreitar hoje...
E só vou comentar hoje e aqui, que as tuas palavras diminuem quaiquer outras que possa escrever...
O mais estranho não é imaginar o que ficará de nós, quais dentre todos nos sentirão a falta, quais o que terão raiva ou irão encolher os ombros.
O medo que tenho é que tudo não passe do que aqui vemos...que não haja mais para além disto...
o temor é ser só isto...
L. vai ver o Mar Adentro.
Eu fui. Doeu. Mas até fez bem.
Um abraço.
Forte.
Irei ...
Post a Comment
<< Home